dois rios calmos
que se encontram
no declive da vida
à beira estrada
à beira sonho
são vidas que
vertem límpidas
velozes
no tempo rarefeito
dessa estação do amar
são águas
que passam fluidas
ligeiras
na pressa do leito
segue o curso do mar
são lágrimas vertidas
sofridas
enquanto o percurso
vai como o vento
seca o rosto choroso
dois rios calmos
que se encontram
e formam a cachoeira
luminosa
nas curvas do coração
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