O
vaso acompanha minha poesia.
O
vaso de bênçãos que quero ser,
o
vaso de flores de minha janela,
o
vaso sanitário das madrugadas serenas...
O
vaso acompanha minha poesia.
Para
ele sigo ao aviso do organismo
e
as madrugadas espreitam
a
sombra que carrega vazia
os
cadernos e canetas
nas
madrugadas pernetas
de
minha frágil poesia.
Sou
como um grande vaso.
Do
botão pode florescer rosa
ou
de uma forma indecorosa
expelir
dejetos com atraso.
Poderei
ser bênção pros outros
e
arrancar sorrisos marotos
se
minha poesia oferecer luz.
Poderei
oferecer uma paz
dessa
poesia que subjaz
no
Verbo que me conduz.
Um
dia farei despedida dos vasos.
As
flores já terão murchado,
meu
corpo não mais funcionará,
na
eternidade sou um abençoado.
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo,
14 de Maio de 2015
(09h28min).
Nenhum comentário:
Postar um comentário