Ele
entrou na noite com a expectativa
de
que finalmente chegara ao descanso.
Mas,
que é a noite senão o findar
de
um longo ou então um tão breve dia?
A
noite lhe trouxe certa agonia:
a
sensação frustrante do não alcançado,
pois
o brilho da noite, este tão esperado,
as
estrelas escondidas não ofereceram.
Sua
existência pautada por um labor constante
e
agora, agitada, neste cruel exato instante
que
ele percebe que a noite chegou.
Sente
vontade de engatar a marcha-a-ré
voltar
ao passado, tomado de uma fé
de
que se vivesse de novo,
se
trilhasse diferente caminho,
sua
noite não seria este vil estar sozinho:
a
solidão dos que chegam ao fim da jornada
sem
o amparo de alguém, alma despreparada
para
o apagar das luzes, de uma vida que já não é...
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo,
14 de Maio de 2015
(04h22min).
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