quarta-feira, maio 03, 2017

O LIVRO DAS SEMEADURAS - II

Quando a semente sai de nós
para o solo de outra vida
ela deixa de ser nossa
para ser do Lavrador.
Pense na semente
que um dia plantaram em você.
Aquela vida passou
depois de semear com alegria
e apresentar ao Senhor os seus molhos.
A semente ficou escondida
na boa terra do seu coração.
Mas, se hoje você frutifica
é porque agasalhou a semente
que encontrou terreno fértil
para em sua vida germinar.
A semente precisa do abandono
– da solidão da terra escura –
da cegueira de um tempo sem sol
para morrer solitariamente
vigiada apenas por Deus.
O processo de vida inclui a morte
– morrer para o mundo, nascer para Deus –
deixe a semente em boa terra
à própria sorte de um abandono
sofrendo a influência da umidade
das águas de Deus sobre ela.
Deixe a casca grossa e dura se romper:
é na solidão das orações
que se removem os obstáculos interiores.
Deixe a aspereza dar lugar ao broto
a tenra e suave planta
que sai da terra do amor –
os dias de solidão se acabam,
as angústias internas se findam,
as respostas clareiam a mente,
quando o broto sai da semente
e encontra a luz do Sol.
Façamos a nossa parte:
o Sol da Justiça arde
no coração dos que creem.
Para nós basta a certeza
que na vida, a todo momento,
caminhamos com firmeza:
Deus dá o crescimento!

Josué Ebenézer Nova Friburgo,
04/04/2017 (05h22min).

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