À
maneira de Lennie Tristano no jazz
vou
seguindo as pegadas da minha poesia
e
o lastro das palavras que me possuem.
Sigo
a trilha poética da harmonia,
flerto
com o caos do sentido
em
busca do gozo dionisíaco da babel de palavras
e
volto em seguida para os trilhos da Razão.
A
poesia livre não é o não-sentido
é
o encaixe perfeito da mística da palavra
é
a revolução sem trava
da
metáfora que explode n’alma
é
a canção sem partitura
que
o coração entoa a cada manhã.
A
poesia verdadeiramente livre
é
a execução libertadora
dos
acordes da alma
é
a palavra que viceja sem trauma
versos
sem as amarras da métrica
sem
os condicionamentos da rima
é
a composição que surge feérica
e
carrega poesia que encoraja, anima.
Se
a poesia livre, como o jazz, tem improviso
pego
logo meu bloco de notas e aviso:
não
sei viver sem a poesia de cada manhã.
Quero,
então, o poema de cada dia
quero-o
hoje, de hoje, não de amanhã...
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo,
12 de Junho de 2015
(04h49min).
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