Vou dormir.
As estrelas nasceram animadas
e o seu passeio nos céus me paralisa.
Da janela do quarto
observo o encolhimento da noite.
A noite cansa e eu também.
Quando acordo...
Ai, meu Deus!
Sinto vontade de continuar deitado
e de assistir um Musical de Natal
com gosto de rabanada e panetone
como se as frutas cítricas
me adoçassem o sangue
e me congelassem no sonho.
Sinto vontade de ser transportado
para a amplitude celestial
dos cenários natalinos
e de ouvir vozes milenares,
de homens e anjos,
e o suave murmúrio
das águas cristalinas dos riachos de Deus.
Transpus febril a sonolência.
Levantar e preparar-me para,
apto, ganhar a rua
deixando para trás:
a casa,
a noite,
o sonho,
não foi difícil.
Diferente foi chegar a casa do Zé
e perceber que a música da noite
continuava comigo,
insistia em mim,
embalando a manhã.
e um pouco de erva-doce
para fabricar balas caseiras sem açúcar.
Mas não funcionou direito...
No outro dia,
após nova noite musical,
ele mandou o menino me chamar.
Então as balas nasceram sem dor
e com sabor de estrelas animadas.
Era uma nova manhã de Deus
na vida dos diabéticos daquele lugar.
Nova Friburgo, 09 de Outubro de 2013 (11h58min).
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