domingo, junho 24, 2018

CORO ANGELICAL


O templo é transcendente.
Na forração de gesso, a música rebate,
como uma floresta que unisse as vozes do vento
para adorar ao Deus da Criação.

E há uma narrativa de amor:
o coro daquela igreja...

Conta a história que é coro angelical:

            “Remido, eu vou proclamar remido...
            Quem são estes de brancos vestidos...
            Cum Sancto Spiritu in gloria Dei Patris...
            Comprou-me, Jesus, comprou-me...
            Em fervente oração...
            Vou contar-vos o que penso do meu Mestre...
            Deus, somente Deus, é quem sabe qual a razão...”

Como uma caixa acústica que ribomba louvores
meu peito se infla aos sons da memória
teimosas memórias que insistem
em me levar para mais perto de Deus.

Uma lágrima fortuita desce-me do olho direito
fazendo suave curva até chegar ao coração.

Conta a história
que qualquer que assiste/presta
um culto naquela igreja
volta.
E quanto volta não é mais o mesmo.

O coro canta,
o coração de Deus se alegra,
os hinos passeiam nos ares,
o Espírito Santo paira na nave
em sons transportados aos céus.

Moram naquela igreja anjos
que aparecem quando
o coro solta suas vozes.

Habitam no fundo do templo,
no tanque batismal,
por cima do teto de gesso branco,
por entre os lustres de bronze
e na galeria do fundo.
Miríades de anjos que aparecem
quando canta o coro:
o coro angelical!

Quando o Culto Comunitário começa
e o Sol se apresenta em seu esplendor
e o coro responde à batuta do maestro:
É só louvor, só louvor!

E é como se as vozes do coro dissessem:
Vem cá!
Vem cantar com a gente!
Vem sentir com a gente!

E Deus é adorado, e Jesus é exaltado:
o nome que é sobre todo nome
e que afugenta corações ateus.
Porque é transcendente,
estar no meio de gente,
mas se sentir próximo de Deus!

Josué Ebenézer Nova Friburgo,
28/05/2018 (05h10min).

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