quarta-feira, abril 05, 2017

EXPERIMENTOS

Eu vi a veia da
“véia” naquela via.
Vi o que ela não via.

Eu vi na “véia” um vulto
que veio do vulgo
e a veia entupia.

Vi o sonho se esvair
como água no ralo da pia.
Vi a vida da “véia” ficar vazia.

Vi o vento vazar do tempo;
o voo dos sonhos se espatifar.
Vi o corpo da “véia” vergar.

Mas vi a vazão da maré –
as vagas que as ondas faziam –
e vi a “véia” voltar a viajar.

Vi o Vento soprar no corpo inerte
e o sangue voltar nas veias
e o ar inflar os pulmões.

Eu vi a vida voltando,
do velho vir algo novo
e a vitória vibrar corações.

Como vulcão que acorda
vi a vida se iluminando
em labaredas de riso vivo.

Para o renovo antever
é preciso determinação:
tem que vir, ver e vencer!

Josué Ebenézer Nova Friburgo,
25/03/2017 (05h24min).

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