Passamos os dias úteis
esperando pelos outros
que nos são mais
desejáveis.
Seriam aqueles inúteis
e estes, dos fins de
semana,
um paraíso, oásis?
As cabeças voejam
pés caminham autômatos
por entre salões,
corredores
comércio, indústria ou
cultura
compõem aberta sepultura
para quem o trabalho é
ópio
que anestesia o prazer
e que anseiam pelo ócio
do breve fim de semana.
Você começa a
segunda-feira
já carregando no bolso
a entrada do show do
sábado.
Você passou pela porta
do escritório ou fábrica
mas seu coração não
entrou.
Você carrega na terça,
um caderno em suas mãos
dentro uma fotografia
e o bilhete amassado
do evento edulcorado
que o tempo já levou.
Talvez não queiramos muito;
o pouco seja suficiente:
um guaraná brasileiro,
pequena fatia de pizza,
e alguém ali à frente
com um sorriso no rosto
e sinceridade no coração.
Tem gente que vive
três milheiros de fins de
semana
pra descobrir que a
felicidade
estava nas pequenas coisas
e nos dias que tornamos
úteis
pela doce alegria de
viver.
Mas, como o tempo é
implacável
quase sempre não há chance
de sequer se arrepender.
Josué
Ebenézer – Nova Friburgo,
31/08/2017 (04h51min).
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