Moldado para ser grande
Pra crescer e se expandir
O Brasil de verdes matas,
Da Amazônia e Pantanal,
Viu murchar o seu sorrir
Como flor em sol clemente
Quando as águas da enchente
Do verão descomunal
Tomaram o sul brasileiro
Provocando o caos geral.
Mas como é forte esta gente,
Do Oiapoque ao Chuí,
Gente que o sol não queima
E que a fome não mata
Que na aridez da caatinga
Permanece ainda intacta.
O país deu uma resposta
Resposta de solidariedade
Forjando nação disposta
A lutar com tenacidade.
E de todo canto se viu
Solidariedade nacional
Gente doando o que tinha
E o que não tinha também
Na certeza de que o mal
Só se vence com o bem.
E o sul recebeu doações
Roupas, grana e alimento
Vindos de todos os rincões
Por onde soprou este vento.
Mas alguns não entenderam
Este gesto brasileiro
Este gesto de amor.
Estes poucos esqueceram
Que é mais bem-aventurado
E um gesto altaneiro
Tornar-se um doador.
Estes poucos macularam
A compaixão nacional
Com seus laivos de egoísmo.
Ah, Brasil, não se esqueça
Mesmo com dor de cabeça
Por causa dos que envergonham
O caráter deste país.
Que como nação irmanada
Desta terra enamorada,
Por esta gente feliz:
Que vale a pena ainda crer
No amor ao próximo e saber
Que Deus é nosso Juiz.
Por isso, na providência,
De Deus para o seu povo
Como semente na terra
Anunciando o renovo:
A gente pode esperar!
Pois quem tem Deus como guia
E sabe ao próximo amar
Caminha feliz neste mundo
Tomado de amor profundo
Na graça do compartilhar.
Niterói, 21 de Janeiro de 2009. (7h45min).
sábado, março 21, 2009
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