Aos
Sinceros
pregadores da Palavra
destes
brasis de Deus.
Nos
templos do bairro, os eloquentes pregadores
da
Palavra que arrebata são bons fornecedores:
olhos
sem vida, ouvidos surdos, corações sem paz
se
curvam ante o arrebatador púlpito que reflete...
na
Palavra que é como espada cortante
na
dimensão dos inquietos espíritos livres
na
fisionomia dos que têm sede e precisam
ver
jorrar águas abundantes da fonte da vida.
Visões
turvas, pupilas embaçadas,
choros
amargos de um não querer querendo
a
interminável expectativa do oráculo,
a voz
da sabedoria que seca lágrimas
ao
Vento do Espírito que bate suave...
Os
pregadores são eternos atalaias.
Eles
precisam dar conta dos conselhos de Deus.
“Quem
vem? Quem vai?” a congregação em ebulição;
gente
que passa por ali em busca de paz.
E
como ponteiros de relógio
esta
gente está sempre avançando,
mesmo
que andando em círculos
sem
chegar a lugar algum.
Nem
todo João de Deus é de Deus mesmo;
e
disso já sabia quem conhece a Palavra.
Só os
incautos são enganados;
os
escolhidos, não!
Os pregadores
são espelhos
em
que o caráter de Cristo é percebido
e o
fiel desfila suas angústias e pecados
nessa
procissão humana de descortinar rituais
onde
velhos monges, pastores jovens,
missionárias
com mais dedicação que preparo
desfilam
barbas, vestimentas e unhas pintadas
na
explanação sincrética do texto sagrado
em
horas que vêm e que se vão como pássaros
em
pensamentos fugidios e escancaradas alegrias.
As
horas não envelhecem – nem têm tempo –
simplesmente
morrem, vida efêmera;
mas,
para os pregadores, é sempre kairós.
Aos
domingos, os pregadores vão iluminando vidas
nos
cultos matutinos e nas celebrações noturnas.
Ágeis
e sábios ou lerdos e repetitivos
folheiam
o Livro Santo e fazem jorrar sóis
e espargem
raios de luz nos corações trevosos
que
deixam de ser cidades em ruínas
para
constituírem-se em uma Nova Jerusalém.
Josué
Ebenézer – Nova Friburgo,
19/12/2018 (10h08min).
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