Como
um velho discípulo
trazemos
no corpo
as
marcas de Cristo
e
nossa faceta ovelha
teima
em recolher-se
tímida
como a sombra.
Carregamos
na viagem da vida
paralisantes
receios
demasiados
recuos
planejamentos
excessivos
a
submissão inofensiva
da
condição de ovelha.
Como
um discípulo maduro
sabemos
que não se pode
perder
a ternura
morrer
sem candura
deixar
se apagar em nós
a
chama da fé.
Como
discípulo experimentado
levamos
no passeio da vida
o
rosto de ovelha
o
jeito de ovelha
a
simpatia e a beleza
de
ovelha do Bom Pastor.
Mas,
também, a força do discípulo
a
coragem do discípulo
o
chamado de quem
deixa
marcas não impostas,
por
onde passa com seu jeito
no
testemunho de vida
de
quem sabe que do outro lado
para
onde vai o discipul(o)velha
não
há qualquer discipulado
e
não há possibilidade
de
deixar algum legado.
À
ovelha está ordenado
morrer
uma só vez
mas
o discípulo continua
na
vida daquele que inspirou.
No
discipul(o)velha a parte ovelha
mostra-se
menos capaz de durar
que
sua parte discípulo.
Josué Ebenézer –
Nova Friburgo,
09/08/2017 (04h54min).
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