“E ao semear…”
(Mt 13.4a).
Muita coisa acontece
quando se põe a semear.
Se amar se aprende amando;
colher se aprende
semeando.
Você pode não saber fazer
plantio hoje
se tenta, as sementes
criam asas e voam
lhe falta intimidade com o
solo
e parece difícil a
caminhada sobre este chão.
Mas, experimente abrir o
coração
sonhar com a colheita logo
adiante
você verá que não haverá
celeiro bastante
para abrigar a quantidade
de sonhos
transformados em
realizações.
O sol por cima ou qualquer
chuva incômoda
nem o chão duro, de
difícil acesso
serão impedimentos
se soprarem ventos
de uma paz, brisa leve
que sua alma leve
pros campos floridos
prontos pra colheita.
Nada substitui esta emoção
e os sentimentos, do
semeador.
Só ao semear
é que se abre a porta
(e isto é o que importa)
para a experiência,
desse doce amor.
Só ao semear
quando se põe de pé
é que se atravessa
e nada há que impeça
a avenida da fé.
Só ao semear
se enxerga a pujança
é que se vislumbra
(e não há penumbra)
a firme esperança.
O que se vive ao semear
não se vive em outro
lugar.
O lugar do crente é na
semeadura.
Deus escreveu esta
partitura
para o crente executar
doce canção de vida.
É com paixão pelas almas
que se experimenta o amor
de Deus.
É compaixão posta em
prática
que acende a chama da fé.
É com o Pai neste chão
que se adentra a porta da
esperança
e se percebe que se
alcança
um hino de adoração.
Já é feliz quem semeia,
pois de sementes, mão
cheia
cheio se fará o coração
quanto menos sementes na
mão.
Só é feliz o que vive
a experiência diária
de ir aos solos das gentes
à procura da boa terra.
O cristão não sobrevive
sem compor esta ária
doces frutos, os presentes
que o bom coração encerra.
Josué
Ebenézer – Nova Friburgo,
17/07/2017 (05h17min).
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