(“...saiu a semear” – Mt 13.3b).
A semeadura é um
movimento.
É preciso se mexer,
sair do ostracismo,
deixar a zona de conforto,
encarar o próprio Mar
Morto
em busca de alguma vida.
A semeadura é um ato de
fé.
É depositar a confiança
de que a viva esperança
que habita o coração;
fará brotar do solo sépia
o verde que revigora
e revitaliza o terreiro
com as folhas da
plantação.
Mas a semeadura só
acontece
quando o trabalhador
imbuído de propósitos
sonha com seus depósitos
cheios de realização.
Celeiros abarrotados
à partir de semente
que sequer se vê
escondida sob a terra
cuja esperança que encerra
um dia vai florescer.
A semeadura como movimento
conclama a ingente ação
há que existir esforços
investimentos seguros
visando à colheita.
É movimento que acontece
primeiro de dentro pra
fora
dos sentimentos, da
vontade,
que logo no ser aflora.
O semeador tem que sair
de seu medo, resistência,
de seu avesso ao novo,
pois não haverá renovo
se não houver paciência.
O plantio é investimento
de quem vence a tentação
dos longos braços
cruzados.
É movimento pra dentro
da terra que se oferece
como útero da Natureza
pra receber a semente.
E assim renova a beleza
quando germina e cresce
e faz-se bela promessa
derrotando a incerteza.
Só colhe bênção madura
dessa lavoura abundante
o que que se faz constante
na arte da semeadura.
É preciso semear com amor
ter o sonho da colheita
encontrar a terra boa
e esperar no Senhor.
Josué
Ebenézer – Nova
Friburgo,
30/05/2017 (05h55min).
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