quarta-feira, junho 01, 2011

BORBOLETA SONORA

A Adriana e Cláudio
em seus 25 anos de matrimônio


Vasculhávamos, silenciosamente, uns sonhos.
Sonhos performáticos que se mostravam
em neblinas humanas de inconstantes dias
e uma visão incontrolável – amável –
irresistível de árvores e galhos de árvores
e folhas de árvores em variegadas matizes verdes
e todo o baloiçar das folhas: era a realização.

– Amor, escuta o que digo. Não é mais o começo
porém, não é o fim. Estamos no meio. O começo está
tão perto e o fim tão distante porque sinto o amor.
E sinto – como se pressente borboletas sonoras –
mesmo que em asas de movimentos leves e
sincronizados dessas bailarinas da Natureza.
E a arborização densa emite aromas que nos remetem
para o horizonte da felicidade onde reina o amor.

O baloiçar das folhas ao vento
faz parte do mesmo movimento
que leva as borboletas
e leva os sonhos
e conduz ao amor.

Vamos?

Nova Friburgo, 21 de Dezembro de 2010. (19h11min).

Nenhum comentário: